Classificação dos parasitas
texto: Eduardo Gomes

Localização:

• Ectoparasitas: localizam-se externamente, sobretudo na pele e cavidades do corpo que abrem para o exterior.
• Endoparasitas: localizam-se interiormente, nos diversos órgãos do hospedeiro.

Tipos de parasitismo (conforme o grau de especialização):

• Acidental: quando é uma associação pouco vulgar entre parasita e hospedeiro, como é o caso da ingestão de ácaros que se encontram nas pastagens.
• Facultativo: quando há uma associação não obrigatória, o parasita não necessita propriamente de um determinado hospedeiro para sobreviver.
• Obrigatório: neste caso o parasita necessita obrigatoriamente do hospedeiro para sobreviver.

Nota: Os parasitas que melhor se adaptam são aqueles que estabelecem com o hospedeiro uma associação equilibrada, permitem a sobrevivência quer do hospedeiro quer do parasita.

As três fases do parasitismo:

• Fase de entrada: o parasita penetra no corpo do hospedeiro de várias vias (bucal, cutânea, aérea, auditiva, ocular, genital, rectal e ureteral).
• Fase de instalação: é nesta fase que se verificam os maiores danos no hospedeiro, devido ás migrações das larvas e aos problemas que daí advêm.
• Fase de disseminação: a disseminação faz-se conjuntamente com a eliminação de ovos/larvas sob várias vias (rectal, cutânea, bucal, urinária, genital, nasal, ocular e auditiva), conforme o tipo de parasita.

As acções causadas pelos parasitas

Nos hospedeiros podem ser classificadas como:

• Expoliadora (sangue, tecidos, quimo intestinal)
• Mecânica (obstrução, compressão, traumatismo, irritação)
• Tóxica
• Cancerígena

Consequências:

• Diarreia
• Anemia
• Emagrecimento
• Raquitismo
• Síndromas neurológicos

Principais causas de parasitismo:

• Estação de ano (Primavera/Outono).
• Maneio: os animais sujeitos a situações de stress são mais susceptíveis.
• Alimentação: os animais que apresentam carências alimentares e deficiências nutricionais, são mais susceptíveis a serem parasitados.
• Sanidade: os animais debilitados são mais susceptíveis.
• Controlo das pastagens.
• Predadores (ex. carraceiras).
• Factores de dispersão (aves, vento, água).
• Estado fisiológico: no período antecedente ao parto, no pós-parto e na lactação, há um aumento da eliminação parasitária pelas fezes de Estrongilídeos gastrointestinais e Protostrongilídeos. (Cabaret, Dakkate Bahaída, 1980)
• Encabeçamento: o risco de transmissão cresce geometricamente, conforme o número de cabeças cresce aritmeticamente. Assim o risco de infecção num padock com 5equinos/acre é 25x superior do que um com 1equino/acre. (Drudge, 1989)
• Idade: o tipo de parasitas é diferente conforme a idade, uma vez que o hospedeiro ganha resistências a determinados parasitas, como se pode observar no seguinte quadro:

Quadro 1: Tipos de parasitas presentes nas diferentes idades. (fonte: Pillimen, 1996)

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